“NAVEgar é preciso (...) Viver não é necessário; o que é necessário é criar.” Fernando Pessoa

O Instituto Fernando Pessoa possui um espaço de criação e reflexão, chamado NAVE (Núcleo de Arte, Vídeo e Escrita).

A partir de filmes, literatura e outras artes, o objetivo é a construção coletiva de conhecimento e a expressão de subjetividade.

A idéia do NAVE é ser um movimento constante de expansão artística e cultural, de acordo com o interesse dos participantes/colaboradores, sempre com um clima informal e descontraído, aberto a boas idéias!

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Na sessão EspaçoNave suas viagens e devaneios são publicados!

16 de nov. de 2010

EspaçoNave

Essa música foi escrita após uma das entrevistas do meu trabalho de conclusão de curso, na qual um psicanalista me falou a respeito do Falso Self, projeção, vazio, estágio do espelho...

Baile de Máscaras

Há tempos comecei a pintar
Com palavras e ações
Vi um ser se moldar
Em um mundo de ilusões
Precisava me proteger
Daquilo que sou
Errei por não saber
No mesmo erro de todos eu estou
Eu ainda era uma criança
Quando coloquei minha máscara
Nem me lembro o que há por trás dela
A tratei como uma jóia rara
Fiz de tudo para que fosse a mais bela
Fiz de mim o que não sabia
O que sei, acabei não fazendo
A cada gesto a vida se tornava vazia
De mim mesmo acabei me perdendo
O sorriso faz parte do meu disfarce
Pois a dor se oculta além da face
As cicatrizes estão entalhadas
Pelo meu desdenho foram moldadas
Minha aquarela é o meu sangue
Morro por dentro para colorir vermelho
Moldada pelos outros, minha face enchangue
O teu olhar é o meu espelho
Eu posso remodelar minha face a qualquer hora
Despisto esse vazio por quase um segundo
Mas o que há, entre eu e minha máscara
Não consegue se moldar a esse mundo

Cleiton Fronckowiak

Um comentário:

  1. Essas máscaras rodeadas de poderes se misturam nos grandes palcos do teatro da vida!

    Abraço

    Lucas Velo

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